terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O que nos deveriam informar sobre as antenas de Telemóvel

Após vários de meses de pesquisa desde a criação deste blog, podemos enumerar de forma resumida alguns dos factos aqui mencionados e que ninguém nos ensina no nosso dia a dia:
  • Os campos electromagnéticos provenientes das antenas de telemóvel, são designados por radiação não ionizante que em nada tem a haver com a radioactividade que é caracterizada por radiação ionizante
  • A forma de avaliar este tipo de radiação electromagnética é através de medição e as unidades de engenharia mais usadas são:
    • campo eléctrico, expresso em V/m
    • densidade de potência µW/cm² (w/m²)
  • Não existe um consenso quanto aos valores de segurança a que o público em geral deva estar sujeito. Diferentes países, diferentes níveis de preocupação para com a segurança. Os países que menos protegem os seus cidadãos são: Estados Unidos e Países como Portugal, Inglaterra e Espanha, entre outros. Para uma frequência de 900 MHz (usada na rede GSM), Portugal permite um máximo de 450 µW/cm² quando comparado com países como China e Rússia com 10 µW/cm², Suíça 4.2 µW/cm², Itália 2.5 µW/cm² e Áustria (Salzburgo) 0.1 µW/cm².
  • Os valores de Portugal são altos o suficiente para permitir que as antenas de Telemóvel sejam colocadas no meio das habitações sem que estes máximos sejam atingidos. No entanto, muitos dos valores considerados "seguros" em Portugal, seriam considerados perigosos em certos países.
  • A propagação dos campos electromagnéticos de uma antena não têm igual intensidade em todas as direcções. Os chamados globos de propagação são mais intensos junto da antena e na horizontal. Isto leva a que os moradores em prédios mais altos e mais próximos das antenas, possam estar sujeitos a maiores campos electromagnéticos.
  • Existem estudos que apontam várias doenças associadas às radiações electromagnéticas destas antenas: fadiga, dores de cabeça, náuseas, perda de apetite, distúrbios do sono, tendências depressivas, sentimento de desconforto, falta de concentração, perdas de memória, perturbações visuais, palpitações cardíacas e o cancro.
  • Ao contrário de outras fontes de radiação electromagnética como os microondas, televisões, telefones fixos com antena, redes informáticas Wi-fi, etc, que apenas emitem quando os equipamentos são ligados, as antenas de telemóvel estão permanentemente a emitir (24 horas por dia todos os dias do ano) e os seus campos electromagnéticos penetram as nossas habitações que não nos garantem segurança, sendo que as janelas são a estrutura da habitação que menor resistência oferece a este tipo de radiação.
  • Portugal baseia-se nas normas da organização ICNIRP que apenas reconhece os efeitos térmicos provocados pela radiação electromagnética como maléficos para os tecidos do nosso organismo. No entanto, existem outros estudos que consideram os efeitos não-termicos associados a campos de muito baixa intensidades, como causadores de outras doenças atribuídas a este tipo de radiação. Esta é uma das razões pelas quais alguns países apresentam limites tão restritivos como 0.1 µW/cm² (Salzburgo) em comparação com Portugal que permite 450 µW/cm².
  • Dos muitos testes já efectuados e dos muitos que ainda há por fazer, uma conclusão tem sido óbvia, todos são unânimes em afirmar que NINGUÉM sabe prever quais as consequências que a exposição prolongada a este tipo de radiação poderá trazer para a nossa saúde.
  • Apesar das muitas dúvidas que este tema levanta, por incrível que pareça, não levam a que sejam tomadas medidas de precaução que impeçam as antenas de telemóvel de serem instaladas nas habitações, perto de outras habitações ou à mesma altura destas.
Será que as nossas vidas e as dos nossos filhos valerão tão pouco para que sejam jogadas neste jogo de interesses cujo final poderá levar anos até que saibamos se fomos ou não afectados? Será que é isto que nós queremos para os nossos filhos quando a nossa obrigação é garantir que eles cresçam em segurança?

Estas e muitas outras questões foram aqui levantadas, mas muito há ainda por dizer e muito pouco ou quase nada se faz para inverter esta permissividade das empresas de telecomunicações que erguem as suas antenas nos prédios daqueles que se deixam comprar e que por ignorância ou pela ganância do dinheiro, não pensam no risco gratuito que acarretam para todos os seus vizinhos. E tudo isto acontece à frente dos nossos olhos que de uma forma incrédula poderemos estar a ser condenados sem que alguém nos valha.

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